Imagine esta conversa com seu filho ou filha:
- Pai eu vou fazer uma reunião aqui em casa com uns amigos.
- Legal meu filho, quantos amigos vão ser?
- Uns 30, talvez uns 100, mas 6 mil confirmaram no FACEBOOK!
Esta estória, que apesar de hipotética é bastante plausível, ilustra um pouco a questão dos polêmicos "rolezinhos" e o alvoroço que eles causaram.

Que fique bem claro que eu não tenho nada contra estas reuniões de jovens, elas sempre aconteceram, shoppings mais antigos como o SANTA CRUZ e o TATUAPÉ sempre foram pontos de encontros de turmas de jovens, o Shopping BUTANTÃ esta acostumado a receber grandes públicos quando ocorrem jogos e eventos no Estádio do SPFC que fica próximo, (e cria uma série de restrições para estes públicos - torcedores não podem entrar com bandeiras por exemplo). Jovens sairem de casa para dar um rolê no shopping com os amigos é um fato comum e corriqueiro.
A questão que causou comoção foi a escala que estes rolês assumiram, imagine um shopping ter que se organizar para receber numa tarde os 6 mil jovens que haviam confirmado presença? Poucas casa noturnas e lugares para shows estão estruturados para receber 5 ou 6 mil pessoas, isto necessita de estrutura de segurança, banheiros, limpeza, locais de alimentação dimensionados para isto.
Ao que parece os rolezinhos que aconteceram no Shopping ITAQUERA e no INTERNACIONAL de Guarulhos não chegaram nem perto de reunir esta multidão, que não passou de 300 ou 400 jovens.
Mas diante desta possibilidade os centros de compras se alarmaram e resolveram cercear a entrada deste jovens, e qaulquer pessoa sabe que grupos muito grandes de pessoas, sem uma organização prévia, facilmente fogem ao controle, sejam eles adolescentes, fãs de rock ou manifestantes pelas reformas políticas. Um jovem sai correndo - fugindo de outro porque ele deu "em cima" da "mina" dele, o que está perto se assusta, outros saem correndo para ver a correria, os frequentadores outros se assustam, a segurança do shopping se alvoroça, o s lojistas correm fechar as lojas...pronto, confusão armada.
E não vamos falar que a repressão foi contra "pobres e negros", pois os jovens que fizeram os primeiros rolês nestes dois shoppings são os mesmos jovens que já costumam frequentar estes locais, que na visão preconceituosa já são frequentados "pobres e negros". Mas eu não sou nenhum alienado para achar que o preconceito não existiu, em alguns centro de compras que se dizem "sofisticados" eles realmente talvez preferissem que só "loiros e suecos" como diria o
Caco Antibes, em seus corredores, e isto deve ser combatido!
O problema estava na quantidade de pessoas, eu sou uma pessoa que, por exemplo, evita multidões, pois sempre tenho receio de tumultos e da força da turba, que muitas vezes sai do controle. Transferir para locais privados (shoppings são locais privados abertos ao publico) a responsabilidade de patrocinar estes eventos não á viável, tanto que nenhum deste shoppings tem espaços de eventos, de shows, pois eles não tem estrutura para isto.
E não vamos ser inocentes e ignorar a criminalidade do país, bandidos e vândalos precisam de multidões para agir, e foi justamente isto que solapou as manifestãções que ocorreram em 2013 que começaram para exigir mais consciencia dos politicos, e terminaram porque não foi possível separar os bandidos dos manifestantes, acabou se tornando perigoso partticipar de manifestãções.
O caldo dos rolezinhos realmente entornou quando a imprensa inflou o tamanho dos encontros e alguns grupos tentaram politizar e socializar os rolezinhos. Mas os jovens são muito mais espertos, e menos controlados, do que alguns grupos ( e a própria imprensa novamente) e desembarcaram rapidamente dos ultimos rolezinhos inflados artificialmente, no rolezinho do Shopping JK apareceram menos de 30 jovens, no parque do ibirapuera noticiaram 50, no rolezinho do Shoping LEBLON apenas 5.
E você, qual sua opinião sobre os rolezinhos ?